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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
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Governo confirma salário mínimo de R$ 1.621 para 2026

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O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário mínimo será de R$ 1.621 em 2026, valor R$ 103 acima do piso atual, de R$ 1.518. O reajuste, de 6,79%, passa a valer em janeiro e será refletido no salário pago aos trabalhadores em fevereiro.

A projeção já havia sido antecipada pelo g1 mais cedo.

Como é calculado o reajuste

Pela regra vigente, o piso nacional é corrigido pela soma de dois indicadores:
INPC acumulado em 12 meses até novembro, como previsto na Constituição;
crescimento real do PIB de dois anos anteriores — no caso de 2026, o PIB de 2024, que avançou 3,4%.

No entanto, uma lei aprovada em dezembro passado limitou o aumento real do salário mínimo a 2,5%, em função do arcabouço fiscal. Assim, o reajuste para 2026 considera a inflação de 4,18% (INPC divulgado pelo IBGE) mais o ganho real de 2,5%.

Piso é referência para quase 60 milhões de pessoas

Segundo nota técnica do Dieese, divulgada em janeiro, o salário mínimo é referência para 59,9 milhões de brasileiros. O valor impacta não apenas trabalhadores formais que recebem piso ou múltiplos dele, mas também aposentadorias, pensões e benefícios como o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Além disso, influencia indicadores econômicos, como o salário médio e o poder de compra da população.

Impacto fiscal

O aumento do salário mínimo eleva automaticamente as despesas da União, já que vários benefícios não podem ser inferiores ao piso nacional, como abono salarial e seguro-desemprego.

Cálculos do governo apontam que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera cerca de R$ 420 milhões em despesas adicionais no ano seguinte. Assim, o reajuste de R$ 103 previsto para 2026 representa um acréscimo de aproximadamente R$ 43,2 bilhões nas despesas obrigatórias.

Com o avanço dessas despesas, o espaço para gastos discricionários — aqueles que o governo pode decidir onde aplicar — fica reduzido, podendo afetar políticas públicas.

Alguns economistas defendem que benefícios previdenciários deixem de ser vinculados ao salário mínimo, retornando ao modelo de correção apenas pela inflação, como ocorreu no governo Jair Bolsonaro.

Salário mínimo necessário

Em sentido oposto, o Dieese calcula mensalmente o valor do chamado “salário mínimo necessário”. Em novembro deste ano, esse valor foi estimado em R$ 7.067,18, o equivalente a 4,66 vezes o salário mínimo vigente.

O cálculo considera o que seria necessário para garantir a subsistência de uma família de quatro pessoas, conforme determina a Constituição, incluindo despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, lazer e previdência.

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