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sexta-feira, 10 de outubro de 2025
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Mesmo próximo do fim do mandato, Lula mantém maior desaprovação que aprovação, aponta pesquisa Genial/Quaest

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A menos de um ano e meio das eleições de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encara um momento de instabilidade política, marcado por desgaste popular e desafios institucionais.

O levantamento mais recente da Genial/Quaest, divulgado nesta quarta-feira (8), revela que 49% dos brasileiros desaprovam o governo, enquanto 48% aprovam — um empate técnico, mas com leve viés negativo. O resultado indica que, apesar de uma recuperação gradual ao longo dos últimos meses, a rejeição ainda supera a aprovação.

Nos últimos seis meses, Lula vinha recuperando parte do prestígio perdido: em maio, a aprovação estava em 40%; subiu para 43% em julho, 46% em agosto e alcançou 48% em setembro. Contudo, a curva da desaprovação, embora em queda, permanece mais elevada, passando de 57% em maio para 49% atualmente. Analistas interpretam o dado como um indicativo de estagnação, sem consolidação de uma virada positiva no último biênio do mandato.

Conflitos com o Congresso e escândalos corroem imagem do governo

Além da divisão da opinião pública, o Palácio do Planalto enfrenta fortes atritos com o Congresso Nacional, que dificultam a aprovação de pautas prioritárias e geram clima de desconfiança entre Executivo e Legislativo. A base aliada se mostra fragilizada, e o governo tem sofrido derrotas estratégicas em votações e comissões, reforçando a percepção de crise institucional.

O cenário é agravado pelo escândalo envolvendo desvios no INSS, que expôs supostos roubos de valores de beneficiários. O caso atinge especialmente aposentados e pessoas de baixa renda — público historicamente sensível ao discurso social do PT — e gerou desconforto dentro da própria Esplanada, além de preocupações eleitorais entre aliados.

Desgaste internacional e sanções comerciais

No plano externo, o governo também enfrenta desafios. Sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos impactam setores estratégicos, como mineração e exportações de alumínio e aço, elevando a tensão diplomática e testando a capacidade de articulação internacional de Lula.

Nordeste mantém apoio, outras regiões resistem

A pesquisa evidencia polarização regional. O Nordeste permanece o principal reduto do presidente, com 62% de aprovação. Já no Sudeste, a desaprovação chega a 52%; no Sul, 56%; e no Centro-Oeste/Norte, 55% avaliam negativamente a gestão.

Quando questionados sobre o desempenho geral do governo, 37% dos entrevistados classificam-no como negativo, 33% como positivo e 27% como regular. Apenas 25% afirmam que a administração está melhor do que esperavam, enquanto 45% avaliam que está pior, refletindo frustração com promessas não cumpridas e falta de resultados concretos na economia.

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