Volume exportado supera 320 mil toneladas, impulsionado pela forte demanda chinesa e pela ampliação de mercados como Filipinas, México e Indonésia
As exportações brasileiras de carne bovina alcançaram um novo recorde histórico em outubro de 2025, com 320,5 mil toneladas embarcadas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta quinta-feira (6).
O resultado representa um crescimento de 18,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportadas 270,2 mil toneladas em 22 dias úteis, consolidando o Brasil como principal fornecedor mundial de carne bovina.
Faturamento cresce 40,9% e média diária avança para 14,5 mil toneladas
Na comparação mensal, os embarques registraram alta de 1,88% sobre setembro (314,6 mil toneladas). A média diária exportada atingiu 14,5 mil toneladas, avanço de 18,6% frente à média de 12,2 mil toneladas/dia observada em outubro do ano passado.
O faturamento total com as vendas externas somou US$ 1,775 bilhão no mês, frente a US$ 1,259 bilhão em 2024 — um salto de 40,9%. A média diária de receita subiu para US$ 80,7 milhões, também acima dos US$ 57,2 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Preço médio por tonelada tem valorização de quase 19%
Os preços médios da carne bovina exportada também apresentaram desempenho positivo. A tonelada foi negociada a US$ 5.538,9, registrando valorização anual de 18,8% em relação aos US$ 4.661,7 pagos em outubro de 2024.
Esse aumento reflete a maior demanda global e o aquecimento do mercado asiático, especialmente da China, que segue com estoques ajustados e consumo aquecido.
China mantém liderança nas compras e amplia espaço para a proteína brasileira
De acordo com levantamento da Agrifatto, a China segue sendo o principal destino da carne bovina brasileira, com 54% das exportações registradas em setembro. Mesmo diante de investigações e discussões sobre salvaguardas ao setor, o mercado chinês continua absorvendo grandes volumes do produto nacional.
“Os dados do atacado chinês mostram três meses consecutivos de alta nos preços da carne bovina, enquanto a carne suína recua devido à sobreoferta. Isso reforça o espaço que o Brasil vem conquistando nesse mercado”, destaca a analista de mercado Isabella Cavalcante.
Filipinas, México e Indonésia ganham peso no mix de exportações
Além do mercado chinês, Filipinas, México e Indonésia ampliaram suas compras de carne bovina brasileira, fortalecendo a diversificação de destinos e ajudando a sustentar o ritmo das exportações neste fim de ano.
O desempenho reforça o protagonismo do Brasil no comércio internacional de proteína animal, sustentado por eficiência produtiva, rastreabilidade e competitividade de preço.
Com a demanda global em expansão e a oferta interna ajustada, as perspectivas para o último bimestre de 2025 seguem positivas para o setor pecuário nacional.
Fonte: Notícias Agrícolas