Com destaque crescente no cenário nacional e internacional, Mato Grosso do Sul consolida-se como um dos principais estados exportadores do país, enviando produtos para mais de 120 países. O desempenho é resultado da diversificação produtiva, do fortalecimento do agronegócio e de investimentos em infraestrutura e sustentabilidade.
De acordo com a Resenha Regional do Banco do Brasil, o Estado deve registrar o terceiro maior crescimento do PIB em 2025, com projeção de 5,3%, reflexo do avanço das exportações e do bom desempenho das cadeias produtivas ligadas à carne, grãos e cana-de-açúcar.
Mercados e desempenho das exportações
Os principais destinos das exportações sul-mato-grossenses são China, Estados Unidos, Países Baixos, Indonésia, Itália, Chile, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Turquia e Índia, que juntos representam mais de 85% do valor exportado.
Ao todo, o Estado mantém relações comerciais com 120 países, consolidando-se como importante plataforma de comércio exterior.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mato Grosso do Sul exportou cerca de US$ 7,5 bilhões em 2024, com destaque para a soja em grãos (US$ 3,68 bilhões), produtos florestais (US$ 2,67 bilhões), carnes (US$ 1,71 bilhão) e cereais, farinhas e preparações (US$ 222 milhões).
A China permanece como principal destino das exportações, absorvendo 47% do total comercializado, seguida pela União Europeia (11,89%), Estados Unidos (5,71%) e Indonésia (2,96%).
Infraestrutura e sustentabilidade
Os investimentos em infraestrutura logística, como a Rota Bioceânica e a Rota da Celulose, ampliam a competitividade do Estado e fortalecem a integração com novos mercados internacionais.
Paralelamente, o programa MS Carbono Neutro 2030 orienta ações de transição energética, incentivo à agricultura sustentável, conservação ambiental e redução do desmatamento.
A bioenergia tem participação relevante nesse contexto. Mato Grosso do Sul é o terceiro maior exportador de etanol do Brasil, com vendas que somam US$ 98 milhões, destinadas a 35 países. O setor contribui para a mitigação de emissões e para a geração de energia limpa e renovável.
Setores produtivos e diversificação econômica
O Estado ocupa posição de destaque em diversas cadeias produtivas. É o quarto maior produtor de carne bovina do país, com 3,96 milhões de cabeças abatidas, e lidera as exportações de produtos florestais, com 1,75 milhão de hectares plantados de eucalipto, seringueira e pinus.
As cadeias de soja, carne e celulose respondem por cerca de 70% do faturamento das exportações estaduais, sustentando o crescimento e a estabilidade do setor agroindustrial.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, o desempenho recente confirma a resiliência da economia estadual:
“Mesmo em um cenário de incertezas no comércio internacional, Mato Grosso do Sul conseguiu expandir suas vendas externas, com destaque para a carne bovina e a diversificação de destinos. Esse resultado reforça a competitividade do Estado e a abertura de novos mercados.”
Impactos econômicos e desenvolvimento regional
O avanço das exportações tem impacto direto na geração de emprego e renda, além de contribuir para o equilíbrio da balança comercial e o aumento da arrecadação pública.
Municípios como Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo destacam-se como polos de produção e escoamento de commodities estratégicas, refletindo o processo de interiorização do desenvolvimento econômico.
Os investimentos em logística, energia e tecnologia fortalecem a integração do Estado à economia global e estimulam novos aportes privados e estrangeiros, impulsionando a adoção de práticas produtivas mais eficientes e sustentáveis.
Integração internacional e crescimento sustentável
O modelo de crescimento de Mato Grosso do Sul é sustentado pela combinação entre agroindustrialização, inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental.
Mesmo diante de desafios no comércio mundial, o Estado mantém ritmo de expansão e consolida sua presença em mercados estratégicos, reforçando seu papel como referência em produção agroindustrial e exportações sustentáveis.