O Samu Indígena, primeira unidade do Brasil voltada exclusivamente para atendimento de comunidades indígenas, completou um mês de operação na Reserva Indígena de Dourados com 150 ocorrências atendidas, uma média de cinco por dia. O serviço foi inaugurado em 9 de agosto de 2025 e já dobrou o número de atendimentos diários nas aldeias Jaguapiru e Bororó.
O serviço funciona 24 horas, a partir de uma base instalada no Hospital da Missão Evangélica Kaiowá, na Aldeia Jaguapiru, e conta com 14 profissionais, incluindo enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores-socorristas. Metade da equipe é indígena, fluente em português e guarani, o que garante atendimento culturalmente adequado à população estimada em 13,5 mil habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE.
De acordo com o coordenador regional do Samu em Dourados, médico Otávio Miguel Liston, o tempo médio de resposta do Samu Indígena é de 7 minutos, uma redução significativa em relação ao período anterior, quando as equipes vinham do centro da cidade.
Saúde na Comunidade
Além do atendimento de urgência, o Samu lançou o projeto “Saúde na Comunidade”, com ações de promoção da saúde, educação e conscientização. A iniciativa começou com visita à unidade básica de saúde da aldeia Jaguapiru, onde a equipe orientou os profissionais locais sobre o funcionamento do serviço e a importância do acionamento regulamentado por médico.
Segundo Liston, a ação fortalece a aproximação com a comunidade e será estendida às demais unidades de saúde da reserva, visando melhorar a qualidade do atendimento prestado.