A cultura do girassol avança no Brasil, consolidando-se como alternativa de alto valor para a rotação de culturas e para a agregação de renda ao produtor. Além de oferecer óleo de qualidade e novas oportunidades de mercado, a planta se destaca pela contribuição à sustentabilidade e pela versatilidade de uso.
Produção nacional em crescimento
De acordo com o 11º levantamento da Conab, a safra 2024/25 de girassol atingiu 99,3 mil toneladas de grãos, cultivados em 61,9 mil hectares, com produtividade média de 1.602 kg/ha. Goiás e Mato Grosso lideram o cultivo, aproveitando a janela da safrinha após a colheita da soja — estratégia que otimiza áreas já utilizadas e fortalece a rentabilidade.
Cenário internacional
No mercado global, a produção de girassol em 2025/26 deve alcançar 55,1 milhões de toneladas, com destaque para Rússia (18 milhões de toneladas), Ucrânia (13,5 milhões) e União Europeia (9,5 milhões). O Brasil, embora ainda em menor escala, tem potencial para ampliar sua participação, especialmente no fornecimento de óleo vegetal e matéria-prima para biodiesel.
Diferenciais agronômicos e ambientais
O girassol é uma cultura estratégica para o agro:
- Diversificação produtiva: ajuda na quebra de ciclos de pragas e doenças;
- Sustentabilidade: atua como fitorremediador, absorvendo metais pesados de solos contaminados;
- Polinização: atrai abelhas e outros polinizadores, fortalecendo o equilíbrio ambiental;
- Matéria-prima renovável: óleo alto-oleico ideal para frituras e indústria alimentícia, além de insumo para biodiesel.
Um aliado da inovação no campo
O movimento heliotrópico das plantas jovens, o arranjo das sementes em espiral seguindo a sequência de Fibonacci e a alta adaptabilidade do girassol ao ambiente revelam o potencial científico e agronômico da cultura. Para o setor produtivo, essas características significam eficiência, resiliência e oportunidade de pesquisa aplicada.
Perspectiva do setor
Para Luís Schiavo, CEO da Naval Fertilizantes, compreender a versatilidade do girassol é fundamental para ampliar sua adoção:
“Estamos diante de uma cultura que une produtividade, sustentabilidade e inovação, gerando benefícios tanto para o produtor quanto para o meio ambiente”.
Fonte: Portal do Agronegócio