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Sindicato Rural firma parceria com Centro de Equitação e Equoterapia

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24/08/2015 16h04 – Atualizado em 24/08/2015 16h04

O Sindicato Rural de Três Lagoas firmou uma parceria com o Centro de Equitação e Equoterapia Gasparelli, que vem se tornando referência em tratamento terapêutico em toda a região. As aulas de equitação, equoterapia e três tambores ocorrem todas as quintas e sextas-feiras, no Parque de Exposições Joaquim Marques de Souza.

Através de um convênio que visa beneficiar o produtor rural, a partir do mês de setembro, os associados do Sindicato terão o desconto de 50% em qualquer uma das modalidades oferecidas. De acordo com o presidente Marco Garcia de Souza, o “Sindicato trabalha sempre buscando parcerias que ofereçam benefícios aos associados. Essa é uma oportunidade muito boa e nós estamos bastante contentes em receber esses profissionais em nossa casa. Eu tenho certeza que irá ajudar não só o produtor rural, como toda a população”.

Atuando há mais de dois anos em Andradina, o instrutor Everton Gasparelli conta que sentiu a necessidade de trazer as aulas para Três Lagoas devido a grande demanda. “Houve uma procura muito grande de pessoas da cidade que estavam indo até Andradina. Quando resolvemos trazer a escola para cá, encontramos as portas do Sindicato abertas, que nos deu uma força enorme para realizar o nosso trabalho. Queríamos parabenizar o presidente pela iniciativa, que foi muito bonita com essas crianças que precisam desse tratamento”, expressa.

Equitação e Três tambores

Com uma turma de alunos composta por crianças de dois anos de idade até adultos, Everton explica que não há faixa etária definida para se praticar a equitação. Segundo ele, a atividade não exige muito da criança e nem do animal, uma vez que tudo é trabalhado passo a passo, exercitando o equilíbrio e a coordenação motora.

Para Gasparelli, esse contato com o animal é de extrema importância e ajuda no bem estar das crianças e dos adultos. “A Equitação trabalha a parte do animal, onde você aprende escovar, arriar, a ter contato com o cavalo e criar uma interatividade, para depois começar o trote elevado e o galope. A prática varia muito de aluno para aluno. Tem pessoas que com um mês ou dois já tem um equilíbrio melhor, coordenação motora mais rápida, então isso facilita muito”, explica.

A aluna Anita Borges, de dez anos, sempre quis fazer equitação e conta que o cavalo é o seu animal preferido. “As aulas são bem legais. Eu comecei andando bem devagar e agora eu estou galopando”, diz.

Para o pai, Victor Vagner Neto de Oliveira, a oportunidade surgiu através de um anúncio de jornal. “Ela queria muito aprender a andar a cavalo, e nós não temos o animal e nem espaço. Procuramos o Sindicato por ser um lugar tranquilo, de fácil acesso e dentro da cidade. Depois que começaram as aulas, ela tem se movimentado mais. Já aprendeu bastante. Ela não sabia nada, nem montar ou segurar as rédeas, agora já está conduzindo bem o cavalo, galopando. Logo vai começar a fazer tambor”, conta.

Equoterapia

A Equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como um método terapêutico que utiliza o cavalo como instrumento de reabilitação e desenvolvimento. De acordo com o fisioterapeuta Carlos Eduardo Conti, que ministra as aulas, o animal proporciona um movimento tridimensional, deslocando o praticante de um lado para o outro, para cima e para baixo e para frente e para trás.

“Quando o praticante é deslocado para a direita, um estímulo é enviado para o cérebro dele, pedindo para que ele retifique o corpo para não cair. No momento em que ele retifica o corpo, o animal já está deslocando ele para outro movimento. Isso ocorre muito rápido e gera cerca de 120 a 180 estímulos por minuto”, explica e conta que outro ponto positivo é o ambiente aberto e a presença do animal. “Eu falo para todas as mães que a criança vem brincar, andar a cavalo, e ali dentro nós temos vários brinquedos pedagógicos”, complementa.

Segundo o fisioterapeuta, a Equoterapia possui quatro etapas. A primeira, chamada hipoterapia, é realizada quando o praticante não consegue se sentar sozinho no cavalo, necessitando de um suporte. “Ocorre quando a criança não tem controle de tronco, às vezes não tem o controle de cervical, então eu monto junto com ela, alongo e conforme ela vai ganhando equilíbrio através do deslocamento, conseguindo sentar sozinha, ela passa para a segunda etapa, chamada educação e reeducação”.

Na segunda fase, onde a criança monta sozinha no animal, o profissional vai ao lado dando suporte e desenvolvendo atividades com brinquedos e estimulando tudo o que ela aprende em sala de aula, como o alfabeto, contas de adição e subtração, de forma que se torne uma brincadeira. Chamada pré-esportiva, na terceira etapa a criança começa a conduzir sozinha o cavalo, terminando na fase esportiva, onde ela é encaminhada para um esporte adaptado a sua deficiência.

A Equoterapia é indicada para doenças como Paralisia Cerebral, Esclerose Múltipla, Distúrbios visuais e auditivos, atrasos motores, Síndrome de Down, Psicoses infantis (autismo, estados marginais), distúrbios psicológicos (depressão, timidez, dificuldade no aprendizado, retardo mental, stress, síndrome do pânico, fobias, hiperatividade), dependência química, deficiências de coordenação motora e defeitos de postura.

Para Conti, ela se encaixa em quase todos os diagnósticos. “Nós fazemos uma avaliação em todas as pessoas que procuram a Equoterapia. Há algumas contra indicações, como alergia a pelo de animal, poeira por ser um ambiente aberto. Nessa avaliação nós analisamos se a criança enquadra no tratamento e explicamos para o responsável”, informa.

Kaleby Neres de Freitas, de dois anos, sofre de paralisia cerebral e pratica a equoterapia há quase um ano. O pai, Ricardo Sampaio dos Santos, conta que desde que iniciou a atividade, notou uma melhora significativa no filho. “É um tratamento muito eficaz. Como o cavalo tem um movimento tridimensional ajuda muito, principalmente no equilíbrio, por isso nós partimos para esse lado. E ele mudou bastante, se desenvolveu. Melhorou o equilíbrio, a postura. Meu filho não conseguia equilibrar o pescoço e agora já consegue. Kaleby faz fisioterapia, tratamento com a fonoaudióloga e hidroterapia, mas a equoterapia é muito importante”, afirma.

“O Kaleby tem o tônus muscular hipertônico, que é um tônus aumentado, ele é todo rígido. Com a equoterapia, através do cavalo, nós conseguimos normalizar o tônus, que diminui e relaxa. A criança que é hipotônica, como um Down, é mais mole, então nós conseguimos aumentar o tônus dele, possibilitando-o ganhar mais firmeza. Isso tudo é conforme andamos com o animal e o tipo de solo que utilizamos, como grama, asfalto e areia”, explica Carlos Eduardo.

Ele ainda ressalta que além da normalização do tônus, que é um dos benefícios, o praticante também ganha coordenação motora, equilíbrio, força muscular, e socialização com o meio.

Fonte: Ar Comunicação

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