Por outro lado, o Equivalente Físico registrou uma queda em julho, evidenciando pressão sobre as margens do setor industrial.
De acordo com uma análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgada nesta segunda-feira (18), os preços do boi gordo em Mato Grosso tendem a continuar se valorizando nos próximos meses. Apesar da demanda externa por carne aumentar sazonalmente, o indicador do Equivalente Físico (EF) diminuiu em julho, refletindo dificuldades nas margens das indústrias frigoríficas.
Indicador do Equivalente Físico registra queda
Em julho de 2025, o EF apresentou uma variação negativa de 5,79%, que é a diferença entre o preço da carne com osso no atacado e o valor da arroba do boi gordo. Essa queda corresponde a uma redução de 1,43 ponto percentual em relação ao mês de junho.
O Imea ressalta que essa baixa no indicador foi principalmente influenciada pela redução no valor da arroba do boi, que fechou julho em R$ 295,38 por arroba, uma diminuição de 2,75% comparada a junho.
Pressão sobre a indústria de carne
O relatório também destaca que a desvalorização da carcaça casada, que caiu 4,23%, contribuiu para diminuir as margens da indústria frigorífica, indicando desafios enfrentados pelos frigoríficos diante das oscilações nos preços.
Perspectivas para os próximos meses
Segundo o Imea, apesar do cenário negativo do EF, o aumento da demanda internacional no segundo semestre deve limitar quedas mais acentuadas e sustentar o viés de alta do boi gordo. O instituto conclui que, diante das condições atuais, os preços da arroba devem continuar em tendência de valorização, pressionando o indicador nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio