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sexta-feira, 17 de outubro de 2025
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Mercado de Suínos no Brasil Registra Exportações Recordes e Margens Históricas

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Suíno Vivo Apresenta Alta e Custos Permanecem Controlados

Setembro foi um mês positivo para produtores e processadores de suínos no Brasil. Segundo o Agro Mensal, relatório divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, o preço médio do suíno vivo, ponderado pelos abates da Região Sul e de Minas Gerais, subiu 5% na média mensal, enquanto os custos aumentaram apenas 1%, ampliando o spread da engorda, que segue em patamar historicamente elevado.

Apesar do avanço, os preços do animal enfraqueceram na segunda quinzena de setembro, estabilizando-se na primeira dezena de outubro. Atualmente, os valores médios são de R$ 8,75/kg em São Paulo e R$ 8,25/kg em Minas Gerais — abaixo da média esperada para outubro, mas ainda considerados satisfatórios.

Exportações de Suínos Batem Recorde Histórico

O mercado externo surpreendeu em setembro, com exportações in natura atingindo 134 mil toneladas, alta de 25% sobre setembro de 2024 e 14,3% no acumulado de janeiro a setembro de 2025. Os principais destinos foram Filipinas, Japão, México e Vietnã.

As Filipinas se consolidaram como líder entre os clientes internacionais, ampliando suas compras em 68% no ano e respondendo por 24% do total exportado. Na sequência, aparecem China (12%), Chile (9%) e Japão (8%).

O preço médio de exportação manteve-se estável em USD 2.580 por tonelada, e o spread externo registrou leve recuo de 2 pontos percentuais, para 43%, ante 45% há um ano.

Produção de Carne Suína Cresce Acima do Abate de Animais

Dados preliminares dos abates SIF do terceiro trimestre de 2025 indicam que a expansão da produção superou o registrado pelo IBGE para o primeiro semestre do ano (2,5%). O peso médio das carcaças também aumentou, resultando em crescimento da produção de carne suína acima da variação no número de animais abatidos.

Mesmo com avanço de 15% nas exportações no trimestre, estima-se que o consumo aparente interno tenha crescido cerca de 6% em relação ao 3º trimestre de 2024. Isso indica que o mercado interno tem absorvido bem a maior oferta, mantendo os preços firmes.

Perspectivas Favoráveis para o Setor em 2025 e 2026

A expectativa é de que os preços do suíno se mantenham sólidos, consolidando 2025 como um ano histórico em produção, exportações e margens para os suinocultores. O controle dos custos de ração, com milho e farelo de soja bem ofertados, contribui para a competitividade do setor.

Historicamente, o último trimestre do ano apresenta preços firmes para o suíno. Em 2024, por exemplo, mesmo com queda em dezembro, o patamar alcançado em novembro foi elevado, evidenciando a sazonalidade positiva.

No médio prazo, o crescimento da produção dependerá do aumento da demanda, especialmente externa. O Brasil avança consistentemente no mercado internacional, beneficiado pelo calendário de retirada da vacinação contra febre aftosa, fator que amplia oportunidades, mas exige rigor na manutenção do status sanitário para preservar a credibilidade do país.

Custos de Produção Continuam Sob Controle

No curto e médio prazo, não há sinais de pressão sobre os custos de ração, mantendo a competitividade do setor. Até o início de 2026, o cenário atual de preços e oferta de insumos favorece a sustentabilidade econômica do mercado de suínos.

Fonte: Portal do Agronegócio

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