Banana geneticamente editada mantém frescor por até 12 horas
Uma banana geneticamente editada, capaz de manter sua cor natural e frescor por até 12 horas após ser descascada, foi reconhecida pela revista TIME como uma das melhores invenções de 2025. Desenvolvida pela empresa britânica Tropic Biosciences, a fruta utiliza técnicas de edição genética de precisão para silenciar um gene responsável pelo escurecimento natural, preservando sabor, textura e aroma característicos da variedade Cavendish, predominante no comércio internacional.
O segredo por trás da tecnologia
O diferencial da inovação está na inativação do gene da enzima polifenol oxidase (PPO), que provoca o escurecimento das bananas quando expostas ao oxigênio. Diferentemente de organismos geneticamente modificados tradicionais, a técnica da Tropic não incorpora genes externos, apenas ajusta funções do próprio DNA da banana. Isso facilita a aprovação regulatória em diversos países e permite que a fruta permaneça visualmente intacta por pelo menos 12 horas, oferecendo uma solução eficiente para reduzir o desperdício em residências, restaurantes e indústrias alimentícias.
Benefícios para consumidores e produtores na América Latina
A novidade traz impactos importantes para a América Latina. Em países como o Chile, onde a banana Cavendish é a fruta mais consumida e importada principalmente do Equador, a inovação prolonga a vida útil do alimento, reduz perdas e melhora a qualidade do produto. Para produtores de Brasil, Colômbia, Equador e Guatemala, a banana de oxidação retardada oferece diferenciação comercial, menor perda pós-colheita e potencial acesso a mercados de maior valor agregado.
Sustentabilidade e novas possibilidades de consumo
Além de aumentar a versatilidade da banana em saladas, sobremesas e smoothies, a tecnologia contribui para a sustentabilidade, reduzindo desperdício e, consequentemente, o consumo de energia, água e emissões associadas à produção e transporte. O lançamento da fruta para consumidores nos EUA e Canadá está previsto para 2026, reforçando como a biotecnologia pode transformar alimentos do dia a dia, aliando inovação, segurança alimentar e competitividade regional.
Fonte: Portal do Agronegócio