Profissionais da ATeG acompanham os debates sobre as tendências de consumo do produto no mundo
O Sistema Famasul marca presença no Congresso Nacional da Carne (Conacarne), realizado nesta quinta e sexta-feira (18 e 19), em Belo Horizonte (MG). O evento, promovido pelo Sistema CNA/Senar em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), acontece durante a Expominas e reúne produtores, técnicos, indústria, especialistas e formadores de opinião para discutir as tendências do consumo da carne bovina no mundo, o futuro do mercado, novas tecnologias e outros temas estratégicos para o setor.
Além do presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, e do superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan, participam do encontro 37 técnicos da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Bovinocultura de Corte. O objetivo é ampliar conhecimentos e compartilhar experiências que possam ser replicadas nas propriedades atendidas em Mato Grosso do Sul.
“É um evento de grande relevância para a bovinocultura de corte. São diversas palestras e painéis de alto nível, com profissionais e representantes da indústria que têm muito a contribuir. Nossos técnicos terão a oportunidade de levar esse aprendizado direto para os produtores, além de fortalecer a capacitação da equipe e ampliar o networking”, destaca Nivaldo Passos, coordenador da ATeG do Senar/MS que participa do evento.
De acordo com Bertoni, participar desse evento contribui para atualização do mercado e abre novas perspectivas de atuação no campo. “O Conacarne é um espaço que nos permite atualizar informações, compreender os novos cenários do mercado e enxergar oportunidades para os produtores sul-mato-grossenses. Essa troca de experiências fortalece nossa bovinocultura de corte e amplia as perspectivas de inserção em mercados cada vez mais exigentes”, afirma.
Em seu discurso, na abertura do evento, o presidente da CNA, João Martins, ressaltou que devemos ter cada vez mais carne de qualidade para ser reconhecida pelos consumidores. “É isso que queremos ouvir dos participantes deste evento. Que eles nos digam qual a realidade de mercado, qual é a carne que o Brasil e o mundo querem consumir, e como poderemos fazer para fornecer essa carne”.
Bovinocultura em Mato Grosso do Sul
A bovinocultura de corte é uma das principais forças do agro sul-mato-grossense. O setor responde por 45,1% da mão de obra ocupada na agropecuária e por 74% do Valor Bruto da Produção Pecuária (VBP), com faturamento estimado em R$ 17,61 bilhões em 2024.
Mato Grosso do Sul ocupa a 4ª posição entre os maiores produtores e exportadores de carne bovina do país. Foram 1,019 milhão de toneladas produzidas em 2024 (IBGE) e 282,2 mil toneladas exportadas, o que gerou receita de US$ 1,27 bilhão (Secex). Os principais destinos foram China (24%), Estados Unidos (18%) e Chile (15%).
Mesmo com a redução de 14,5% no tamanho do rebanho entre 2011 e 2024, a pecuária sul-mato-grossense se destacou pela eficiência com aumento de 22% nos abates e de 38% na produção de carne. Hoje, o estado possui 18,4 milhões de cabeças (Iagro), com 52 abatedouros ativos, sendo 23 deles habilitados para exportar a mercados de alto nível, como União Europeia, Estados Unidos e China.
Esse desempenho também é reflexo da ATeG do Senar/MS. Em 2024, mais de 2,3 mil propriedades foram atendidas pela metodologia. Só em 2025, até o momento, já são 2.154 propriedades acompanhadas, o que reforça o compromisso da instituição em elevar a produtividade, melhorar a gestão e difundir tecnologias.
As projeções para o setor indicam um crescimento baseado na intensificação sustentável, com maior uso de confinamento, manejo de pastagens, suplementação estratégica e genética avançada. Com o novo status de área livre de febre aftosa sem vacinação, conquistado neste ano, Mato Grosso do Sul se consolida entre os estados mais competitivos do Brasil e amplia suas oportunidades em mercados internacionais cada vez mais exigentes.
Com informações: CNA & Assessoria de Imprensa do Sistema Famasul