Mesmo diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos, a pecuária de corte brasileira projeta crescimento robusto nas exportações para 2025. A expectativa é de um aumento de 12% em relação a 2024, puxado pela demanda internacional aquecida e pela abertura de novos mercados consumidores.
Pecuária nacional em ritmo de expansão
Segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), grandes frigoríficos como JBS, Marfrig e Minerva devem ser beneficiados pela expansão. Hoje, os EUA são o segundo maior destino da carne bovina do Brasil, absorvendo 181,4 mil toneladas no primeiro semestre de 2025, o equivalente a 12,3% de todo o volume embarcado. Grande parte dessa proteína é utilizada para a produção de hambúrgueres no mercado norte-americano.
Impacto das tarifas e estratégias do setor
Desde 6 de agosto, as exportações de carne brasileira para os EUA passaram a enfrentar uma tarifa de 50%. O encarecimento deve reduzir o volume enviado, especialmente nos cortes de maior valor agregado, mas a indústria projeta compensar esse impacto com diversificação de mercados. “As negociações seguem em andamento e há movimentações importantes entre os dois países”, destacou o presidente da Abiec, Roberto Perosa.
Novos mercados na mira
Com a população asiática e africana em franca expansão, o setor vê nessas regiões grandes oportunidades de crescimento. Japão e Turquia aparecem como destinos estratégicos para ampliar a participação da proteína brasileira no mercado internacional.
Brasil segue na liderança mundial
O Brasil mantém sua posição como maior exportador global de carne bovina, com embarques de 2,89 milhões de toneladas em 2024, somando US$ 12,9 bilhões em receita. Para 2025, a projeção é de alta de 14% no faturamento, resultado do aumento no volume embarcado e da valorização dos cortes premium, consolidando a pecuária nacional como protagonista no fornecimento de proteína para o mundo.