Essa suspensão deve impactar os pagamentos relacionados às novas concessões de benefícios.
Na quinta-feira, dia 21, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) cancelou os contratos que mantinha com o Banco Crefisa, alegando “descumprimento de cláusulas” e “irregularidades”.
A decisão foi oficializada pelo presidente do instituto, Gilberto Waller Junior, e publicada no DOU (Diário Oficial da União).
Conforme o decreto, os contratos com a Crefisa estão suspensos parcialmente, sem necessidade de comunicação prévia à empresa.
Em comunicado oficial, o INSS informou que a medida foi tomada após várias reclamações recebidas por diversos canais, incluindo ofícios enviados por Procons, Ministério Público Federal, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e denúncias feitas diretamente pelos beneficiários.
Entre as principais irregularidades investigadas sobre a Crefisa estão:
Dificuldade ou impedimento no recebimento do benefício: registros de atrasos, recusas de pagamento e limitações para saque;
Coação para a abertura de conta corrente e venda casada de produtos;
Falta de estrutura adequada nas agências bancárias: filas extensas, ausência de caixas eletrônicos (ATMs) e inadequação do espaço físico;
Portabilidades indevidas e não autorizadas;
Falta de um sistema de triagem e emissão de senhas;
Falta de informações claras e atendimento inadequado.
A Crefisa, que é controlada por Leila Pereira — presidenta do Palmeiras — e seu marido, José Roberto Lamacchia, conquistou 25 dos 26 lotes disponíveis no leilão da folha do INSS realizado no ano passado. Esse leilão definiria quais bancos ficariam responsáveis pelo pagamento dos benefícios entre 2025 e 2029.
O Terra entrou em contato com a assessoria da Crefisa em busca de um posicionamento sobre as irregularidades, e aguarda retorno.