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terça-feira, 8 de julho de 2025
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MS apresenta estratégia para impulsionar a produção pecuária no Pantanal.

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O planejamento contempla ações integradas destinadas a fortalecer todas as etapas das cadeias produtivas da região.

A reorganização da atividade pecuária no Pantanal será realizada com base em um plano de longo prazo que visa reforçar todos os elos do setor, priorizando sustentabilidade, inovação e eficiência competitiva. O ponto inicial foi um estudo detalhado que mapeou a situação das produções em 11 sub-regiões do bioma, incluindo áreas de Mato Grosso e do Pantanal paraguaio.

A bovinocultura de corte permanece como principal atividade econômica local, com mais de 4,2 milhões de cabeças de gado — representando aproximadamente 23% do rebanho total do estado. Em 2024, a comercialização de bois e bezerros atingiu mais de R$ 5 bilhões. Contudo, o plano vai além do setor lácteo e busca desenvolver outras cadeias produtivas como piscicultura, ovinos, apicultura, equinocultura e até o manejo sustentável de jacarés.

Entre as ações previstas estão a implementação de selos de origem e rastreabilidade para couro, estímulos à exportação por meio da ampliação das autorizações para frigoríficos e a valorização dos produtores através do pagamento por serviços ambientais (PSA), uma iniciativa já integrada ao escopo do Pacto pelo Pantanal.

O levantamento técnico, feito pelos consultores Marcelo Rondon de Barros e Janielly Barros, traça um panorama das cadeias, avalia produtividade, estrutura fundiária, acesso a mercados, condição dos imóveis e gargalos logísticos. As informações foram apresentadas à equipe técnica da Semadesc, incluindo os secretários Jaime Verruck (titular), Arthur Falcette (adjunto), Rogério Beretta (Desenvolvimento Econômico) e Ricardo Senna (Ciência e Tecnologia).

O objetivo do plano é transformar o modelo de produção vigente no Pantanal, tradicionalmente baseado na pecuária extensiva, em uma referência de produção moderna e ambientalmente sustentável. Com a consolidação do diagnóstico, a próxima etapa será a implementação de políticas públicas que atendam às realidades regionais e incentivem boas práticas no campo.

Segundo o secretário Jaime Verruck, o plano tem papel decisivo na reorganização da economia pantaneira. “Estamos lidando com uma atividade de mais de 300 anos. Precisávamos entender como cada cadeia está estruturada, e agora temos os dados para agir com base técnica. A bovinocultura continua central, mas todas as atividades foram consideradas”, afirmou.

O documento também contribui com a estruturação das ações de PSA previstas no Pacto do Pantanal, que busca conciliar produção e preservação no bioma. A expectativa é que o plano funcione como um norte para os próximos anos, garantindo que o Pantanal continue gerando riqueza — sem abrir mão da conservação ambiental.

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