09/06/2017 15h59 – Atualizado em 09/06/2017 15h59
Daniela Hall e Braz Melo recebem funcionários da Usina São Fernando e buscam evitar o caos social
A Câmara de Vereadores e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar, Etanol e
Bioenergia de Dourados se reuniram no plenarinho, na manhã desta sexta-feira (9), para traçar
estratégias e evitar o fechamento da Usina São Fernando. A falência foi decretada ontem (8)
pelo juiz da 5ª Vara Cível de Dourados, Jonas Hass da Silva Junior, e caso a indústria feche,
quase dois mil trabalhadores ficarão sem emprego, causando “caos social” no município.
A vereadora e presidente da Casa de Leis, Daniela Hall (PSD), abriu a reunião manifestando o
apoio aos trabalhadores. “Fomos surpreendidos com o decreto de falência. Estamos de portas
abertas para ajudar os trabalhadores e vamos tentar sensibilizar mais autoridades, para unir
forças”, comentou.
Mesmo com o decreto de falência, a usina continuará funcionando normalmente, por tempo
indeterminado. “A empresa em atividade irá atrair mais investidores, o mais rápido possível”,
assegurou Daniela. Conforme o presidente do sindicato, Donizeti Aparecido Martins, mais de
quatro mil pessoas, de forma direta e indireta, perderão seus empregos, caso a usina chegue a
fechar as portas. Ainda lembrou que Dourados não receberá R$ 10 milhões, arrecadados
mensalmente, do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) da
indústria.
O vereador Braz Melo (PSC), presidente Comissão de Indústria, Comércio e Turismo, participou
da reunião e afirmou que ficou assustado com a decisão e está preocupado com as
consequências da falência da usina. “Dourados, os fornecedores e os trabalhadores serão
afetados. Ou seja, a quantidade de pessoas prejudicadas será grande, por isso precisamos
tentar reverter isso”, apontou.
A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rose Anne Vieira, lembrou
sobre a força da usina para a economia e desenvolvimento de Dourados, assegurando que a
administração da cidade está sensível com a situação. “Temos que fazer algo para minimizar as
consequências e tentar blindar o nosso município de um caos”, explanou Rose.
Daniela ressaltou que a falência pode ser revertida, caso as autoridades políticas e empresas
de Dourados unam forças. “Temos um longo caminho para percorrer”, completou.
Por fim, a presidente da Casa reconheceu a preocupação da Câmara com a usina e
disponibilidade para mediar o conflito. “Como a decisão cabe recurso, vamos aguardar, mas
estamos à disposição do sindicato. Vamos estreitar laços e tentar mediar o conflito”, destacou.
Os vereadores Madson Valente (DEM), Junior Rodrigues (PR) e Cido Medeiros (DEM)
participaram da reunião.
