30/11/2016 11h35 – Atualizado em 30/11/2016 11h35
Um artigo publicado recentemente na revista Science aponta dez ações políticas que os governos em todo o mundo devem considerar para proteger os polinizadores e garantir os serviços de polinização por eles realizados.
Essas medidas foram estabelecidas por 12 pesquisadores, entre eles três cientistas brasileiras: Blandina Viana, docente do Instituto de Biologia da UFBA e pesquisadora do CNPq; Carmen Pires, pesquisadora da Embrapa; e Ariadna Lopes, docente da Universidade Federal de Pernambuco.
O estudo produzido pela Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) confirmou que os polinizadores silvestres e/ou manejados trazem benefícios, incluindo efeitos diretos sobre a produção de frutas, legumes e óleos.
Segundo a publicação, conservar e restaurar uma “infraestrutura verde”, ou seja, uma rede de habitats que os polinizadores possam circular, é fundamental, pois para polinizar as culturas, os polinizadores silvestres necessitam de habitats em torno dos cultivos que forneçam locais de nidificação [construção de ninhos] e recursos florais. Essas manchas de habitat precisam ser suficientemente próximas para que insetos ou pequenos pássaros voem entre elas.
Além disso, as pesquisadoras destacam a importância da regulamentação do transporte dos polinizadores controlados para evitar a proliferação de doenças e controlar a introdução de espécies invasoras. Assim como reconhecer a polinização como um insumo agrícola nos serviços de extensão.
“No Brasil, onde a agricultura é uma vocação natural, com expressiva participação na economia, à implantação dessas políticas terá um grande impacto socioeconômico e poderá garantir no longo prazo a sustentabilidade para o setor”, afirma Blandina Viana.
Fonte: Universo Agro
